Sei que já te senti
Quando ando por aí
Alguém já colheu
A essência do teu ser
Quero senti-la ao acordar,
Perder-me nos teus cabelos
Quero senti-la ao te abraçar,
Vibrar de paixão
Posso mesmo deixar de ver
O mundo que me rodeia
Com a certeza de saber
Que te posso encontrar
Procurando o teu cheiro
Esse aroma partilhado
Na profunda intimidade
De dois corpos colados
Sei que já te senti
Quando ando por aí
Sei que estás em todo o lado
Estás em ti, estás em mim
Estás no ar que respiro…
sentado neste canto e enrolado sobre mim
penso na vida, nos desafios sem fim
neste momento de tristeza
remexo o baú das conquistas
nada sinto, nada agarro
olho para o lado
vejo uma vida a crescer
uma lágrima aparece
que me chama a atenção
não preciso procurar
está aqui ao meu lado
o que me faz viver
posso estar imcompleto
e querer sempre mais
quero encontrar-te (me) de novo
respirar paz
levanto-me
vejo a luz do futuro
um sorriso desperta
nesta face cansada
sei que estás aí
para ser... amada
A vida é uma ilusão.
O que te faz feliz? O mesmo que te faz sentir infeliz…
Estranho?
Como se calcula a intensidade de um sentimento bom? Pela dor causada quando o perdemos…
Ou seja, quanto mais feliz, mais infeliz, quanto mais infeliz, mais feliz.
Cada momento intenso que transportamos para a nossa vida implica trazer também uma possibilidade de nos magoarmos.
Calculamos a felicidade colocando numa balança, num dos pratos os momentos felizes da vida, no outro os momentos tristes.A agulha da balança ditará para que lado penderá a vida… para a felicidade ou para a infelicidade.
Há quem não arrisque, opte por não produzir intensidade na sua vida. Isso quer dizer que o prato da felicidade não vai ter peso. Mas a infelicidade continuará a existir, talvez com menor intensidade, mas aos poucos irá definindo o seu peso e a agulha jamais penderá para o primeiro prato.
No meio, há quem escolha viver um momento de cada vez, ponderando as situações, arriscando aqui ou ali quando sente segurança, partilhando os momentos e….
Merda, não sei do que estou a escrever, apenas estou a tentar arranjar justificações para uma situação que não me agrada, mas da qual não consigo sair.
Quem me dera não ser, não saber…
Durante meia hora não falamos, á medida que nos iamos dirigindo para norte. A determinada altura, depois de parar num semáforo à saída de uma cidade, junto a uma fonte de água limpida, estendi a minha mão de encontro à tua, que repousava em cima da tua perna cobrida por umas calças pretas. Olhei para ti, devolveste o meu olhar, sorrimos com cumplicidade...
No “O Banquete” de Platão, este afirma que no inicio dos tempos todos os seres humanos eram hermafroditas. A uma determinada altura Deus separou os sexos e deixou-os a vaguear pelo mundo. Assim, o objectivo da nossa existência seria procurar a outra parte de nós mesmos, esse alguém, que será aquele ou aquela que nos amará e nós amaremos, incondicionalmente, a nossa alma gémea.
Formulei então a minha teoria:
Imaginemos duas rodas dentadas de um relógio, que têm que trabalhar sincronizadas uma com a outra, uma dependendo da outra em igual importância. Se uma ganhar uma folga, por mais infíma que seja, inevitavelmente a outra sofrerá com isso e o sincronismo, de tão perfeito que é, será abalado e o relógio não mais dará as horas correctas.
Poderemos ver as duas pessoas no mito de Platão como as duas rodas dentadas do relógio perfeito? Cada engrenagem de uma foi feita para encaixar perfeitamente na engrenagem da outra. As duas rodas dentadas juntas formam um mecanismo, um ser uno, em perfeito equilibrio, psiquico, intelectual, fisico, sexual, moral. Um é o complemento do outro, os dois são um só.
Mas o mundo é tão grande que se ficarmos à espera do ser perfeito que nos permitirá sentirmo-nos completos corremos o risco de ficarmos sozinhos. Mesmo assim ainda há quem sinta ter encontrado essa outra parte de nós, e outros há que têm a certeza.
Levando ao dramático... Imaginemos as mesmas duas rodas dentadas, separadas uma da outra, unidas a outras duas.
Continuam a trabalhar, o mecanismo continua a funcionar e o relógio continua a dar horas.
Mas de vez em quando vai ser preciso acertar as horas porque a mais infima folga nas engrenagens irá gerar, ao fim dos milhões de voltas que vão dando, uma modificação na posição dos ponteiros que por sua vez vão alterar algo tão importante como o Tempo, o tempo que marca o ritmo de toda e qualquer vida à face da Terra e do Mundo. Se estas rodas tivessem sentimentos, seriam infelizes.
Não sendo capazes de dar as horas certas, acabariam por se sentirem frustadas, sozinhas apesar de estarem juntas, a sua harmonia foi perturbada e nada será como dantes…
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