Sexta-feira, 14 de Novembro de 2008
perguntas, uma resposta
Porque pairas no meu ar
A cada momento, a cada instante?
Porque te vejo sem olhar
Bem cá dentro, sempre brilhante?
Porque és preocupação e me dói o coração?
Porque te sinto no meu sangue?
Porque ferves sob a minha pele?
Porque me perco em sensações?
Porque me liberto em emoções?
Porque nascem rios quando cantas?
Porque treme a terra quando me tocas?
Porque dançam as flores quando sorris?
Porque me brilha a lua no teu adormecer?
Porque se me funde o sol no teu acordar?
Porque estou feliz, minha flor de lis?
Terça-feira, 11 de Novembro de 2008
(Vi)este
Verde é do que me lembro,
a cor do chão que pisavas.
O vermelho tingiu-me por dentro,
com o teu sorriso quase me matavas.
Ansiedade nesta idade não é algo muito normal
O sonho passou a realidade, os teus olhos não têm igual
Estupidifiquei no ar que nos unia
Não sei depois como fiquei
Sei que já era um abraço que queria
Do acreditar veio a força
Hoje estamos unidos
O nosso amor não é algo que torça
É maior que todos os sentidos
Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008
(In)Esperado
O momento inesperado
Surge pela porta na noite que se aproxima
Por vezes tão desejado
Trás a luz que no céu se adivinha
Um abraço serve o tempo que se perde
Uma brincadeira torna o ar mais quente
Faz frio mas até podia cair neve
O amor é cobertor de gente que se sente
E palavras que sem pó se revelam
Polidas por um só nosso sentimento
E as estrelas que sobre nós velam
Esquecidas que ficam neste momento
E eu só em ti me reconheço
Tudo e todos ficam em nós ausentes
Até da companhia das palavras me esqueço
Quando ante o que te peço
Me inscreves naquilo que sentes
Segunda-feira, 3 de Novembro de 2008
Conversa em mim
… há momentos na vida em que tememos, duvidamos, sofremos, ponderamos e no fim acabamos por não nos decidimos por nada e ao mesmo tempo, nesta indecisão, acabamos por decidir não decidir. E este não decidir para a ser uma decisão… e a vida passa… e o tempo calmamente paira sobre nós, em círculos, sobre o ar que expiramos, como se de uma ave de rapina fosse, à espera do momento certo… para nos agarrar… para nos levantar do chão e percebermos que não saímos do mesmo lugar desde que (in)decidimos… acredito que muitos de nós já passaram por momentos, períodos assim…
… e há momentos na vida em que arriscamos, acreditamos, exaltamos, permitimo-nos sentir, transformando o abismo que tantas vezes usamos para empurrar memórias para o esquecimento, num cume montanha, pintada de sol e de brisa, onde está tudo o que se precisa para termos a certeza que vamos voar… para temos a certeza de que, neste processo de aprendizagem, está sempre alguém à nossa espera com mercúrio e algodão (sim, ainda sou do tempo do mercúrio), com um abraço e um beijo, com um sorriso e com uma palavra, sempre que tropeçamos e caímos. E é esse alguém que nos impele a tentar de novo até que sejamos plenos das nossas capacidades… sejamos um eu melhor, um eu complementar, um eu que se junta a um tu e forma um laço, um nó, um NÓS…
… e há o dia de hoje em que, sentado nesta cadeira, sorrio por dentro e por fora,
porque te encontrei,
porque me encontraste,
porque nos encontramos
e principalmente
porque estás em mim e me sinto em ti, porque em mim há hoje certezas, porque o tempo hoje não é uma ave de rapina… é um ANJO que nos protege…
PS: e se algum dia me perguntares o quanto eu gosto de ti eu te direi... procura um quadro que te faça chorar, procura uma canção que te faça vibrar, encontra a dança que te faça esquecer, procura o abraço onde queiras adormecer... e será sempre mais... porque a cada pestanejar te vejo novamente e diferente... e te reinscrevo em mim, mais e mais bela...