Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009
Pesar
Esvai-se a vida, ficamos sós
Não importa se com aviso
Quando se vai e leva a voz
De quem já foi parte de nós
A noite cai sobre o mundo
Sem o seu manto acolhedor
Fica apenas a triste dor
Um pesar profundo
Já não há tempo a perder
O tempo já não faz sentido
Assim é ver morrer
Um ente querido
PS: Morreu um ente querido da Joana, por isso não estranhem a sua ausência...
Sexta-feira, 18 de Setembro de 2009
Filosofia
Firme e seguro
Sobre a tempestade
Enfrento o escuro
Que cai sobre a idade
O que para aí vem
Ousássemos saber
No livro da vida
O que se pode ler?
Incerteza, é certo!
Mas com convicção
Vos digo, esperto
Que vou de coração!
Faço disto vida
Até filosofia
Que venha lá...
... um novo dia!
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
Impressão
Imprimo-te na mente
Como quem forja na carne
Um amor a quente
Uma paixão que arde
Não me falem em ilusão
Quando o sente o coração
Se me arde o corpo
Se sem ti estou morto
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009
Contas
A noite não tem sentido
O calor da tua voz
Os sentidos adormecidos
Enroscam-se em nós
O silêncio impera
Numa nuvem de paz
Eu fico à espera
A ver o que a manhã traz
Viajantes da luz
Acariciam a tua pele
Fazem dela o feitiço
Que para ti me impele
E o tempo não conta
Conta mais quem fomos
Há quem conte o tempo
Eu conto o que somos
Quarta-feira, 9 de Setembro de 2009
Longe
Hoje sinto-me pequenino
Aprisionado no pensamento ocioso
Um errante, sem destino
Um caminhante preguiçoso
A minha noite roubou ao tempo
O compasso, a exactidão
Abandonou-me por um momento
Ficou a solidão
Longe, os olhos não sei fechar
Tenho receio da ida
Tenho medo de acordar
E não ver a nossa vida