Óscar era o seu nome
Gato atrevido e malandro
Da sopa só lhe queria sentir o cheiro
E só em queijo pensava o dia inteiro
Um dia Dona Ju fez um plano
Para que o gato fosse menos lambareiro
Sopa só lhe deu todo o ano
E do queijo nem um cheiro
Óscar ficou mais que atrapalhado
O estômago ficou todo colado
Sem sopa nem queijo já só se arrastava
Nem forças para miar já encontrava
Por fim lá a sopa lambeu
Lambeu, lambeu, que até o prato rompeu
Dona Ju no fim lá lhe deu um presente
Um naco de queijo ao qual deitou o dente
“Afinal sempre há queijo” disse o gato lambareiro
Ao qual dona Ju logo respondeu com um beijo
“Há sempre queijo…
…para quem come a sopa primeiro…”
Adaptação de um conto da Dona Olímpia