O que fazer?
Quantas vezes nos questionamos desta forma?
Sentado no banco de cimento frio, insensível ao seu próprio ser, era como se não existisse. Os seus olhos nada viam, alagados pela secura de quem evoca os céus perante uma catástrofe. Nada ouvia por entre o ruído ensurdecedor das máquinas construídas pelo Homem que nada lhe diziam. As suas mãos, abraçadas entre si, pediam ao mundo que se virasse de costas para que se pudesse soltar num grito de dor. O ar era inspirado por instinto caso contrário já tinha deixado de respirar. À sua frente o mundo tinha parado, nada se mexia nem ele nesse mundo. Passaram-se horas e horas e horas a fio sem que nada acontecesse. Aguardava. Aguardava o nada no meio do seu nada. Era uma boa altura para um terramoto, um maremoto, um acidente, qualquer coisa que o fizesse desaparecer. Morreria sem sentir dor, sem sentir nada, porque a Esperança em si já não existia.
Uma dia ela disse-lhe: “Não te vou dizer que não posso viver sem ti, porque sei que posso. Mas não quero.Amo-te! Por razão nenhuma, só porque sim”. E com este pensamento forçou-se a acordar. Não seria isto que ela quereria para ele. “Não desistas” ouviu no fim do ínfimo de si próprio. Recordou-se do seu olhar, do encanto dentro daquele olhar, daquela profundidade que o fazia engolir em seco, baixar as sobrancelhas, humedecer os olhos, arrepiar a pele e amaciar o coração. Esse era o “amo-te” que o desarmava sempre... “Este pensamento é eterno em mim” pensou…
E a terra começou novamente a girar, devagar, lentamente e a dar-lhe um pouco de espaço para que pudesse começar a… sobreviver… ao Amor da sua vida.
O Amor da nossa vida está em nós, a partir do momento em que o deixamos entrar… Nunca se atrevam a deixa-lo partir… "Amar significa nunca termos que pedir desculpa"...
Adorei o texto! Mas não concordo com duas coisas, a primeira com o facto de nunca deixarmos o amor partir, eu luto e faço isso, já o fiz em tempos, mas aprendi que por vezes um verdadeiro amor é aquele que não estrangula a liberdade do outro e muitas vezes lá por sermos amados e amarmos, não quer dizer que seja com aquela pessoa que vamos ter uma vida longa, felizmente ou infelizmente nem sempre isso acontece! Há vários factores que não permitem, infelizmente ou felizmente! Se deixarmos partir alguém mesmo que o amemos muito, demais, incondicionalmente e sem medida, é sinal que amamos mesmo de verdade, caso contrário se não deixarmos partir estamos a enganar-nos, anós próprios e a cortar as asas do nosso amado, e talvez não o amemos assim tanto se o impedirmos de respirar livremente, de encontrar outro ar diferente do nosso!Agora quando dizes não o devemos deixar partir pode querer significar que devemos estar sempre atentos à pessoa que amamos no sentido de estimular a nossa relação, não a deixar cair no barato e rotineiro, na monotonia, no chapa 5!Creio que foi mais isto que quiseste transmitir, sendo uma pessoa emocionalmente inteligente perante a forma bonita como escreves :)! E depois com aquilo da desculpa (ai ai), é humano errarmos, humano não é não corrigirmos os erros, e a desculpa e o seu pedido fazem parte!Podemos não verbalizar o vocábulo mas fazê-lo em atitudes!Desculpa o testamento! E espero que tenhas percebido os meus desacordos mas é bom termos diferentes pontos de vista, nem eu nem tu estamos certos e /ou errados! Adorei o texto, parabéns!
Comentar: