Ontem demorei a adormecer. Estava feliz. Mesmo feliz, sabem? Foi um daqueles dias em que me deitei a irradiar felicidade por cada poro da minha pele, por cada raio do meu olhar. Por nada em especial. Por tudo em particular. Por nada e por tudo porque bastou um quase nada para ter um quase tudo.
O dia foi cansativo mas no momento do regresso a casa instalou-se aquela sensação de bem-estar que nos inunda de serenidade depois de selado o abraço que nos define, quente, um pouco apertado, profundo como o sentimento que me preenche. Costumo dizer que não sei viver sem ti e esta frase aplica-se a tudo o que faço contigo com uma intensa sensação de verdadeiro amor. São tantos os momentos em que estás em mim. Às 11h11m por exemplo, ou num girassol que encontro no caminho, ou numa pedra que transformo em coração, ou numa rosa branca que vi e que ainda não te ofereci, na montra da florista. Ou simplesmente quando teobservo pela casa e sorrio, como se estivesse mergulhado numa nuvem branca de felicidade e sentisse no ar a força deste amor.
E gosto. Gosto verdadeiramente. Daquele instante em que o coração bate mais depressa antes de te ver. Ansiedade? Desejo? Vontade? Saudade? Seja o que for, é só e apenas porque te quero, tanto que não consigo parar de o dizer.
Amor é desafio. Constante. É uma aprendizagem contínua em que quanto mais sabemos sobre ele, mais nos apercebemos do quanto mais ainda podemos aprender. Por isso não se esgota. Por isso é um livro em que o fim ainda não foi escrito. Por isso, a cada página que lemos, mais dez paginas são escritas. E bebemos dele. A sabedoria da vida, do dia, do momento.
Tenho sede. Bebo de ti, do amor que me preenche. E a sede não se extingue, apenas se sacia.
Está na hora… Tenho sede.